quarta-feira, 28 de julho de 2010

A UTILIZAÇÃO DE BLOG NA EDUCAÇÃO

Margarida Elisa Ehrhardt Ferreira
A informática educativa possibilita muitos caminhos para que o professor realize suas aulas de uma forma interessante, diante do mundo tecnológico em que vivemos. Dominar técnicas de informática, para assim aplicá-las á educação é um dos grandes desafios de hoje, para os profissionais da educação.
Muitos recursos são utilizados para que se obtenha êxito na aprendizagem, e um em especial que iremos tratar neste artigo oferece muitas possibilidades de desenvolvimento das potencialidades humanas : o Blog.
Qualquer recurso conta com limitações, mas aqui colocaremos algumas das vantagens e possibilidades do uso do blog nas escolas como alternativa de aprendizagem.
BLOGS
Os blogs são páginas na internet (Web), que utilizam os protocolos de transmissão de dados e contam com um servidor para armazenar as informações que apresenta e que precisam ser atualizados com freqüência.Historicamente, surgiram no final de 2001, no site Blogger.com.
Apresenta-se com uma linha de tempo para as postagens , abarcando uma infinidade de assuntos que vão desde diários , piadas, links, notícias, poesias, artigos, idéias, fotografias e tudo mais que seja possível para sua atualização.Quando “no ar” , isto é, postado na web, qualquer pessoa pode acessá-lo.
Sendo uma excelente forma de comunicação, permite que grupos e pessoas interem-se sem restrição temporal, pois o leitor pode registrar comentários acerca da exposição do blog.
BLOGS E EDUCAÇÃO
Pensando enquanto educador, como esta ferramenta valiosa pode contribuir em nossa prática pedagógica diária?
Os blogs podem:
• Apresentar várias etapas de um projeto desenvolvido na escola, na sala, em grupos ou mesmo individual;
• Criação de um jornal on line;
• Divulgação de atividades ;
• Apoio à um eixo de trabalho(ou mesmo à uma disciplina)
• Preparar para encontros educacionais ente os profissionais, ou mesmo entre estudantes;
• Divulgação de produções dos alunos em diferentes áreas de conhecimento;
• Divulgar estudos realizados pelos alunos;
• Desenvolver a curiosidade tecnológica, incentivando o aluno a busca diferentes linguagens de programação ;
• Desenvolver habilidades e competências nas diferentes áreas de conhecimento, aplicando os conteúdos estabelecidos em currículo;
• Trabalhar com imagens criadas ou registradas pelos próprios alunos, ampliando suas habilidades cognitivas na área de criação.
• Elaborar tamplates que desenvolvem além de conhecimentos, técnicas e habilidades próprias, possibilitam utilizar-se da criatividade, da ética , e de muitos outros componentes da cidadania.
• Podem elaborar animações para postar no blog, como resultados de trabalhos.
• Trazer a discussão de valores e da moral, quando na postagem de comentários, observando os limites do respeito à produção do próximo;
• Ajudar a comunidade escolar com esclarecimentos e informações elaboradas pelos próprios alunos.
• Incentivar a criação de concursos entre os alunos de suas produções;
É importante lembrar que o blog não se restringe apenas à língua portuguesa ou mesmo à matemática.Ele funciona como um recurso para todos os eixos do conhecimento , já que o conhecimento na realidade busca uma apresentação menos fragmentada. Ele pode em alguns momentos conter mais informações sobre uma determinada área, mas não se fecha para qualquer outra em nenhum momento.
Além de tantas possibilidades educativas, os blogs aproximam as pessoas, as idéias, permitem reflexões, colocações troca de experiências, amplia a aula e a visão de mundo, e oferece a todos as produções realizadas.A melhor vantagem , é que é um recurso extremamente prazeroso a que o elabora e desenvolve!
Enquanto professor, não precisa utilizar a antiga caneta vermelha para sublinhar o que estava errado, mas este pode oferecer informações sobre o “erro” do aluno e os caminhos a serem percorridos para uma melhora , se necessária , em sua construção de conhecimento.Partindo do espaço “comentários” o professor interage com o aluno mais facilmente, instigando-o a pensar e resolver soluções.Este é um grande objetivo hoje, dentro de um currículo voltado para competências como nos coloca nossos Referenciais Nacionais de Educação.
Para finalizar, o professor não pode deixar de estabelecer objetivos e critérios ao utilizar este recurso, pois a utilização a esmo não enriquece as aulas, torna-se um tempo inutilizado para a construção e a troca de conhecimentos.Ele deve deixar claro o que espera do aluno e o que pretende com a proposta de trabalho.Assim a avaliação deve ser feita pelo professor e pelos alunos.
Bom trabalho!

“Não ensine aos meninos pela força e severidade, mas leve-os por aquilo que os diverte, para que possam descobrir a inclinação de suas mentes.” (Platão. A República, VII)

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/2017/1/A-Utilizaccedilatildeo-Do-Blog-Na-Educaccedilatildeo/pagina1.html#postedcomment#ixzz0rJ9TTe3t

domingo, 25 de julho de 2010

Livros Eletrônicos

Não dá para ficar de fora das novidades. Se você usa aquela desculpa de que não tinha tempo de ler um bom livro. Que tal ler dentro do carro? No carro??? Sim, no carro. Num momento em que o trânsito está parado, antes de se aborrecer com o engarrafamento, tire proveito disso e comece já a leitura de um bom livro.
Leia essa reportagem e verá que não há tempo ruim, para quem quer conhecer novos lugares, culturas diferentes ou mesmo aprimorar seu conhecimento. Você pode ouvir o texto no CD ou no Pen Drive, são os famoso EBOOKs.

LINK DA NOTÍCIA:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/07/livros-eletronicos-estao-caindo-no-gosto-de-leitores-americanos.html?utm_source=g1&utm_medium=email&utm_campign=sharethis

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Breve Hist´ria da EAD no Brasil


Três milhões aprendem no Brasil, mesmo longe do professor

Maiores usuários de educação a distância no país são empresas


Cristina Borges Guimarães escreve para a Gazeta Mercantil:

A educação a distância (EAD) já atinge quase três milhões de brasileiros, segundo levantamento do portal e-Learning Brasil da Micropower, que identificou 388 organizações que usam o sistema no país, 13% a mais que no ano passado. Isso faz do e-learning um dos segmentos na área de educação continuada e treinamento com maior taxa de crescimento.

O presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Frederic Michael Litto, destaca que os maiores usuários de EAD no Brasil são empresas, que oferecem cursos para cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Em segundo lugar vem o Telecurso 2000, da Fundação Roberto Marinho, que possui 650 mil alunos de 1º e 2º graus ao ano, que estudam por meio da TV e de material impresso disponível nas bancas.

Os cursos por correspondência, existentes no País há mais de 60 anos, ocupam a terceira posição. Os institutos Monitor e Universal Brasileiro têm 100 mil alunos ao ano, de acordo com Litto.

"Nas universidades credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) são 95 mil alunos e os cursos não autorizados devem atender mais de 100 mil pessoas via e-learning", calcula.

Para o presidente da Abed, o maior obstáculo ao desenvolvimento da EAD no país é o excesso de plataformas. "Os preços variam de US$ 30 mil a US$ 2 milhões, fora os gratuitos baseados em software livre. Pesquisa da USP mostra que 55% das universidades usam plataformas desenvolvidas internamente. Ficam reinventando a roda, o que eleva o custo".

A EAD busca romper o conceito de separação física entre aluno e professor e aproximá-los, via internet, videoconferência ou sistemas interativos de televisão. "Nessa fase de transição, convivem escolas com ambientes de aprendizagem dos século XIX, XX e XXI", afirma Litto.

No Brasil, a EAD é uma alternativa à formação regular desde 1996, quando passou a ser regulada pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

"A regulamentação do assunto exige cuidados como flexibilidade e equilíbrio para não vulgarizar a modalidade e não travar a disseminação do ensino a distância", aconselha Litto.

Até 2007 todos os professores de 1º e 2º graus terão que completar um curso superior. Por isso a ênfase dada pelo governo no uso do ensino a distância para formar os que ainda não têm diploma. No Plano Plurianual (PPA) 2003/2007 R$ 5 bilhões foram destinados ao EAD.

"No Brasil são 250 mil professores que precisam se qualificar. Aproximadamente dois terços deles já estão sendo capacitados em programas estaduais financiados pelo MEC", conta Litto.

Mais de 30 iniciativas de criar uma universidade aberta no País fracassaram, ele continua. A primeira delas ocorreu na década de 1970 com Darcy Ribeiro.

"Se o Brasil quer ser competitivo precisa aumentar o número de jovens nas universidades. A única saída é a EAD. Sem necessariamente usar a internet, mas a TV, que tem 92% de penetração no país", diz o presidente da Abed lembrando que apenas 9% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos freqüentam universidades, enquanto na Coréia do Sul, a porcentagem é de 85%.

Na década de 1940 começou a história da EAD no Brasil, com os cursos por correspondência. Os institutos Monitor e Universal Brasileiro, pioneiros nessa história, ainda hoje ajudam a superar o problema da exclusão digital. No Brasil existem 6,35 micros para cada 100 habitantes.

A cada 100 brasileiros, apenas 7,27 são internautas. O público alvo dos institutos – trabalhadores que recebem até seis salários mínimos – sem acesso a computado e internet, são atendidos por material impresso via correio.

"Na década de 1970 o Brasil deu um grande salto no e-learning com o Telecurso e o projeto SACI, mas recuou na década seguinte, devido à descontinuidade governamental. Apenas as iniciativas privadas de cursos por correspondência sobreviveram", segundo Litto.

A retomada do processo, afirma, veio na década de 1990 quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso criou a Secretaria de Ensino a Distância no MEC. "A área de informática foi mais priorizada que a educação no governo FHC; o foco foi redirecionado no governo Lula. Mas o apoio oficial a empresas que usam e-learning deveria ser maior", reclama.

Nas empresas, o uso da EAD é motivado principalmente pela possibilidade de reduzir em até 86% os custos.

O aprendizado a distância elimina a necessidade de se manter espaços físicos para se ministrar cursos, evita custos de viagem de funcionários (e despesas com a substituição deles durante treinamentos) e corta investimento em metodologias de avaliação da aprendizagem dos colaboradores.

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=22790

Graduação A Distância


Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
Dados do Ministério da Educação mostram que um em cada cinco novos alunos de graduação no País ingressam em um curso a distância. Ou seja: cerca de 20% dos universitários já estudam entre aulas na internet e em polos presenciais. Os números indicam um rápido avanço da modalidade, ainda pouco conhecida da maioria da população.


O grande impulso para o crescimento do modelo semi-presencial - apesar do nome, aulas totalmente a distância são proibidas pela legislação - foi dado pelo próprio governo, com a criação da Universidade Aberta do Brasil, em 2005. A instituição tem 180 mil vagas em cursos superiores oferecidos em parceria com universidades federais.

No mês passado, a Universidade de São Paulo (USP), que até então resistia em adotar o modelo, lançou junto com o governo do Estado seu primeiro curso a distância, uma licenciatura em Ciências voltada também para formação de professores. A primeira turma a distância da Universidade Estadual Paulista (Unesp) começou suas aulas neste semestre.

"Os estudantes são atraídos pela versatilidade, modularidade e capacidade de inclusão que a metodologia oferece", afirma o pesquisador Fábio Sanchez, autor do levantamento e um dos coordenadores do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância. Por outro lado, a modalidade exige autonomia do estudante, porque as aulas são construídas por meio de tecnologias como fóruns de discussão, videoconferências e chats pela internet.

Algumas avaliações também podem ser feitas online, mas as provas devem ser presenciais, assim como parte do conteúdo das aulas e atendimentos com os professores. "A tendência é que a educação presencial e EAD se misturem cada vez mais no futuro", afirma Sanchez.

Por enquanto, o modelo a distância tem mantido taxas altas de crescimento (50% ao ano, em média), enquanto o avanço da graduação presencial tende a se estabilizar (3,5% em 2008). Além da presença forte no setor público, diversas universidades e faculdades privadas adotaram nos últimos anos o modelo a distância, tanto na graduação quanto na pós.

"A graduação EAD vai crescer cada vez mais porque o presencial não consegue atender todo mundo", explica Marta Maia, professora da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e membro do conselho científico da Associação Brasileira de Ensino a Distância. "A modalidade atrai pessoas que trabalham para sustentar a família, têm mais de 30 anos ou que moram em cidades onde não há universidades. E no Brasil há muita gente com esse perfil."

Desempenho. Na avaliação do o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, o Brasil ainda passa por um processo de aceitação e conhecimento do que é a modalidade. "A EAD é um fenômeno mundial e aqui no Brasil ainda demorou para se estabelecer." Ele cita o resultado das avaliações do ensino superior conduzidas pelo ministério que mostram desempenho semelhante e em alguns casos superior dos estudantes de EAD em relação ao alunos de cursos presenciais.

Mesmo assim, há resistência de gestores que organizam concursos públicos e conselhos de classe. Em fevereiro, a Justiça Federal suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Biologia que proibia a concessão de registro profissional para alunos formados a distância.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100410/not_imp536330,0.php